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Kimi no Suizou wo Tabetai (tradução, Eu Quero Comer Seu Pâncreas), apesar do título engraçado, é um daqueles animes cuja história comove e faz refletir sobre a importância de pessoas queridas e a fragilidade da vida humana. Nós tivemos recentemente a oportunidade de conferir este longametragem animado produzido com uma qualidade visual sensacional e trazemos nossa análise, sem muitos spoilers, aqui para o Giganálise. Se você curte enredos mais maduros, emocionantes e não tem medo de derramar algumas lágrimas no processo Kimi no Suizou wo Tabetai precisa está em sua lista de animes\filmes a assistir.
Este parágrafo é dedicado as pessoas e o estúdio por trás da animação. Caso não esteja interessado(a) em dados tipo nome do autor ou notas em sites e fóruns, basta saltar para o parágrafo seguinte. Kimi no Suizou wo Tabetai é originalmente uma web novel escrita por Yoru Sumino em 2014 ganhando versão impressa pela editora Futabasha no ano seguinte além de um mangá e um live-action em 2016\2017. A adaptação para anime foi produzida pelo recente estúdio VOLN. Em um total de 1h48m o filme teve exibição nos cinemas em Setembro de 2018 com ótima recepção e notas médias de 8.63\10 alcançando a 66ª posição entre os longametragens animados mais bem ranqueado do Myanimelist. (Observação: Esta nota e posição são atribuídas pelos usuários e podem variar com novos votos computados)
O INÍCIO DO ENREDO E PERSONAGENS
Kimi no Suizou wo Tabetai é uma história de aproximação, transformação e despedida! O filme acompanha os últimos meses da personagem Sakura Yamauchi (dublada por Lynn) uma adolescente do ensino médio alegre, peralta e cheia de vida mas infelizmente diagnosticada com uma doença incurável no pâncreas fazendo o órgão gradativamente ir parando até levá-la a morte. Com exceção da família Sakura esconde a doença de todo mundo não contando sequer para Kyouko (dublada por Yukiyo Fujii) sua melhor amiga de infância. No entanto existe alguém para quem Sakura revelou seu segredo um jovem chamado Haruki Shiga (dublado por Mahiro Takasugi). Haruki é aquele tipo de jovem preso a seu próprio mundo. Silencioso, sem amigos ou namorada, ninguém na classe parece lhe dá valor ou perceber que ele existe. Como o ser humano tende a procurar algo que preencha seus vazios Haruki é preso aos livros, inclusive trabalhando em meio período como bibliotecário. Um certo dia na estação de metrô ele encontra um diário perdido no qual a autora fala sobre uma doença e a morte a cada dia mais próxima. O diário era de Sakura e já que ele tomou conhecimento da situação, ela decidiu entrar de vez na vida do jovem sem pedir permissão trazendo mudanças profundas e irreversíveis.
O enredo lembra muito Shigatsu wa Kimi no Uso, anime comovente e de sucesso lançado em 2014 com a diferença que aqui a trama não tem haver com música e o protagonista sabe do estado de Sakura desde o início. Durante a primeira hora o filme é divertido mas parece morno até que tudo se direciona para momentos finais emotivos. Sakura, apesar do medo da morte, desejava viver seus últimos momentos de forma que a tornasse inesquecível para os que ficassem, pudesse transformar a vida de alguém e quem sabe até se apaixonar de verdade. Ela encontra em Haruki a pessoa perfeita já estando de olho no rapaz mesmo antes de ser diagnosticada com a doença. Embora não estivessem propriamente namorando o convívio trouxe para Haruki aquele tipo de experiência que muda para sempre o espírito e o rumo de vida de uma pessoa. Ele nunca mais seria o mesmo se tornando menos solitário, menos isolado e mais dispostos a construir amizades.
No entanto o jovem precisou enfrentar alguns desafios pois Sakura era muito querida pelos amigos e super protegida por Kyouko uma garota de temperamento forte, por vezes hostil e difícil de se lidar. Além disso Sakura tinha um ex-namorado na mesma classe, um sujeito com boas notas e bom desempenho em atividades esportivas mas que desenvolveu um senso mesquinho de superioridade acreditando ser melhor que Haruki, algo que gerou conflitos. A mensagem final é sentimental e espiritual invariavelmente levando a uma reflexão sobre a efemeridade da vida e o quanto cada momento deve ser encarado como insubstituível, valendo a pena lutar pela felicidade.
ÓTIMA QUALIDADE VISUAL
Por ser um filme e, óbvio, com tempo de duração bem menor que uma série para Tv, Kimi no Suizou wo Tabetai contou com bom orçamento e uma boa equipe técnica. O visual é de encher os olhos com um bonito design de personagens, rica paleta de cores e uma ambientação sensacional apresentando texturas fotorrealistas e excelentes efeitos visuais de sombra e iluminação. Dá gosto vê, por exemplo, a luz do sol entrando pelos ambientes ou se espalhando pela cidade. A qualidade da animação também é muito boa com uma generosa taxa de quadros por segundo garantindo a fluidez.
O que pode surpreender alguns é o fato do filme\anime ser adaptado pelo estúdio VOLN uma empresa recente fundada em 2014 por Mita Keiji, um ex-produtor e ex-diretor do estúdio MadHouse. Uma empresa pequena ou iniciante no mercado de animes pode sim trazer adaptações de qualidade desde que consiga reunir no projeto uma boa equipe, embora isso não represente de fato sua realidade operacional. Atualmente o estúdio VOLN conclui os episódios finais de Karakuri Circus, um shonen bem recebido aqui no Brasil mas apresentando qualidade de animação mediana e visual retrô.
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Valeu e até a próxima.
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