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Fairy Gone, primeiras impressões. Ação e ficção sobrenatural em um mundo pós-guerra sob a influência de ex-fairy soldiers!



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* Esta postagem tem spoilers evitados, quando possível.

Fairy Gone fez sua estreia na última Segunda-feira, 08 de Abril, nesta temporada de Primavera\2019. O anime trouxe um roteiro que mistura ação, vingança e amizade, um design de personagens mais adulto e uma pitada de ficção com poderes sobrenaturais. Por se tratar de mais uma produção original do estúdio P.A.Works as expectativas eram grandes e a estreia trouxe um roteiro interessante embora um tanto clichê e uma qualidade visual decente mas nada que se compare aos melhores animes já produzidos pelo estúdio.

Se você acompanha o Giganalise há algum tempo deve conhecer nossas impressões positivas sobre a P.A.Works (Progressive Animation Works) ainda considerado um dos 20 melhores estúdios do Japão e que trabalha majoritariamente (até onde sabemos) com animes originais, ou seja, o roteiro é produzido pela própria empresa ou feito sob encomenda. O estúdio é conhecido mundialmente por ter produzido Angel Beats (2010) mas possui outras séries ainda mais incríveis em sua carreira como Shirobako (2014\2015), Charlotte (2015), Irozuku Sekai no Ashita Kara (2018) e Nagi no Asukara (2013\2014), este último que consideramos o melhor anime já produzido pelo estúdio com uma qualidade visual incrível e um enredo combinando drama e fantasia estando entre os melhores de todos os tempos. Embora a qualidade visual de suas produções tenha decaído nestes últimos dois anos, sempre que a P.A.Works está trabalhando em algum novo projeto podemos esperar algo pelo menos interessante.

A estreia de Fairy Gone trouxe uma ambientação que nos lembra algum país europeu no início do século XX se passando em um mundo paralelo onde fadas têm a capacidade de possuir e residir dentro de corpos de animais, conferindo-lhes poderes especiais. Através de processos cirúrgicos é possível remover órgãos dessas criaturas e implanta-los em humanos fazendo com que estes indivíduos possam "summonar" (invocar) parcialmente o poder das fadas e usá-lo como arma. Muitos desses indivíduos foram empregados como soldados na guerra sendo conhecidos como "Fairy Soldiers". Porém, com o fim dos conflitos tais soldados perderam seus propósitos e tiveram que se reintegrar a sociedade. Alguns foram trabalhar no governo, outros passaram a fazer parte da máfia e outros até se tornaram terroristas.
A história acompanha a vida da personagem Mariya uma recruta novata da organização "Dorothea" dedicada a investigar e combater crimes e incidentes envolvendo ex-fairy soldiers. Dublada por Kana Ichinose (a Ichigo de Darling in the FranXX) Mariya é curiosa, gentil e está sempre acompanhada de seu rifle. Ela é um caso especial e, embora não seja uma ex-Fairy Soldier, tem a habilidade de controlar o poder das fadas sem precisar de implantes. Pelo menos é isso que Free Underbar (dublado por Tomoaki Maeno) ficará sabendo em breve, ele que é um dos protagonistas da trama e um ex-soldado. Mariya teve sua vila incendiada durante a guerra sobrevivendo apenas ela e a amiga de infância Verônica (dublada por Ayaka Fukuhara). Separadas, tempos depois ela descobre que Verônica se tornou uma assassina em busca de vingança e agora a protagonista vivencia o dilema de impedi-la. O primeiro episódio apresentou Mariya trabalhando como segurança em um leilão que ofertava inclusive algumas "fadas" capturadas no entanto o local é invadido por Verônica que tinha o objetivo de roubar uma das peças à venda. 
Fairy Gone tem um enredo voltado para a ação corpo a corpo, usando armas brancas ou de fogo além de invocar criaturas que correspondem as fadas controladas pelos humanos. A estreia trouxe um design de personagens adulto porém com animação oscilante. Em alguns momentos ela flui bem em outros você percebe a leve falta de quadros por segundo deixando os movimentos um pouco truncados. A trilha sonora é bacana tendo grande influência do Rock e Heavy Metal. Algumas cenas têm cara de apressadas e isso talvez seja devido o número crescente de animes produzidos pela P.A.Works reduzindo um pouco a qualidade. Ano passado ele adaptou Uma Musume: Pretty Derby, Tenrou: Sirius the Jaeger e Irokuzu Sekai no Ashita Kara em curtos intervalos de tempo. Em Fairy Gone as fadas invocadas têm uma aparência bizarra, algumas lembram bruxas outras lobisomens. Enquanto os personagens possuem animação 2D tradicional as criaturas são trabalhadas em 3D com resultados medianos. Em resumo, o primeiro episódio trouxe um bom visual e animação porém nada que esteja muito acima do que é entregue pelo mercado atualmente.
É muito cedo para termos um veredito final porém talvez o ponto mais questionável seja o roteiro que embora interessante não é exatamente brilhante e pode se dizer que é até previsível. No entanto se você curte uma história de ação mais madura este pode ser um bom título nesta temporada de Primavera\2019.

Fairy Gone é dirigido por Kenichi Suzuki (ele que foi diretor de Hataraku Saibou) com roteiro de Ao Jyumonji (que escreveu a novel Hai to Gensou no Grimgar) e design de personagens da desenhista Takako Shimizu. Junichi Higashi é o diretor de arte e Tsunetaka Ema, diretor de fotografia. O anime vai ao ar uma vez por semana, todas as Segundas-feiras, mas até o momento não tem um serviço de streaming oficial aqui no Brasil.

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